Cadeirante preso no Carnaval de Salvador recebe prisão domiciliar humanitária

 


Um homem cadeirante, de 40 anos, preso durante o Carnaval de Salvador enquanto vendia bebidas no circuito Dodô, em Ondina, teve a prisão domiciliar humanitária concedida pela Justiça neste sábado (1º). A decisão foi tomada após audiência de custódia, com a participação do juiz Cidval Santos, da promotora do Ministério Público da Bahia (MP-BA) Ediene Lousado e da defensora pública estadual Fabíola Pacheco.


O comerciante enfrenta graves problemas de saúde, necessitando de hemodiálise três vezes por semana. Desde sua prisão, na última quinta-feira, ele não teve acesso ao tratamento adequado nem a medicamentos essenciais. Durante a audiência, ele relatou que perdeu os movimentos das pernas e os rins após complicações médicas, incluindo uma infecção hospitalar e uma perfuração no coração. Ele também afirmou que, no momento da prisão, estava se preparando para a hemodiálise e sequer conseguiu pegar seus pertences.


A promotora Ediene Lousado solicitou a prisão domiciliar com monitoramento eletrônico, até que seja avaliado se o presídio tem condições de garantir o tratamento necessário. O juiz deferiu o pedido, permitindo que o homem saia de casa apenas para realizar o tratamento médico, mas proibindo que ele continue trabalhando nas ruas. O comerciante, que já passou um ano e meio internado, tem quatro filhos, perdeu a esposa e vive sozinho. Durante a audiência, chorou ao falar sobre sua situação e demonstrou preocupação com sua sobrevivência sem poder continuar trabalhando.

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